RETROSPECTIVA - A potência 'High School Musical'

Parece um enredo água com açúcar qualquer. Dois adolescentes, Troy (Zac Efron) e Gabriella (Vanessa Hudgens), que se conhecem num karaokê durante uma festa de ano novo e descobrem o amor pela música e um pelo outro. Mas a história acima é o mote do nem um pouco comum "High School Musical".

Um produto da Disney de US$4,2 milhões – baixo para o padrão do estúdio - feito para a televisão com um elenco de atores coadjuvantes que virou uma potência mundial em 2007. A história de Troy e Gabriella, que acaba por coincidência do destino indo estudar na escola do amado, é uma febre que se espalhou entre o público mirim-adolescente da América à Ásia.

Na fantasia, a disputa dos protagonistas pelo número principal da escola, canções melosas, mas com batidas de hip hop, rock, inúmeras coreografias e como não podia faltar as intrigas da vilã do pedaço, Sharpay, interpretada por Ashley Tisdale.

Ainda no elenco, mais três integrantes da turma, Chad (Corbin Bleau), Ryan (Lucas Gabreel) e Taylor (Monique Coleman).Tudo num timing certeiro, que já ganhou mais dois filmes: “High School Musical 2”, recorde de audiência na TV americana, com 17,24 milhões de telespectadores na estréia, em agosto, nos EUA, e “High School Musical 3”, em fase de pré-produção. O terceiro filme será lançado também nos cinemas. O musical-sensação lançou nomes até então desconhecidos do público.

REVELAÇÕES

Zac Efron, intérprete de Troy, o ‘Romeu” do telefilme, desde cedo mostrou sua veia musical. Zac estreou no teatro, aos 11 anos, como Peter Pan. O rapaz também é versátil e não quer ficar conhecido apenas por dançar e cantar, por isso já participou de séries dramáticas como “ER” e o longa “Miracle run”, onde interpretou uma criança autista. Recentemente, ele estreou nas telonas o musical "Hairspray", ao lado de John Travolta.

Por onde passa, Zac Efron, 20 anos, coqueluche do momento – foi até eleito o jovem mais atraente de Hollywood -, sente o peso da fama. O moço não pode nem dar um escorregão no visual, que sua foto estampa todos os sites de celebridades. Esses dias o rapaz mais uma vez dispensou o cinto na calça e sua cueca fez a alegria das fãs.

Vanessa Hudgens, intérprete de Gabriella, a “Julieta” do enredo açucarado, começou a carreira por acaso: substituindo uma amiga num comercial. Logo em seguida Vanessa mergulhou no teatro onde conseguiu desenvoltura. Mas o sucesso mesmo veio com a personagem do canal "Disney Channel".

Fã de Lindsay Lohan, Vanessa Hudgens parece até que se espelhou no comportamento da estrela na vida real e protagonizou um escândalo que fez seu contrato com os estúdios Disney ficar por um fio. Fotos nuas da moreninha, de 19 anos, caíram na rede e ela teve que se equilibrar na corda bamba para atuar na continuação do filme e seguir como a Gabriella de “High School Musical 3”.


Já Ashley Tisdale, a vilã da história, começou a carreira aos três anos de idade, ao ser descoberta por um caça-talentos. Ashley fez campanhas publicitárias e aos oito anos deu seus primeiros passos na Broadway no musical “Les Miserables”. Depois, estreou nas séries da Disney até o mega-telefilme-sucesso. O salário de Ashley é um dos maiores do elenco, US$ 1 milhão.

Mas nem tudo é tão fantástico para a moça, que vem sofrendo a pressão do corre-corre da carreira. Em recente apresentação no Madison Square Garden, em Nova York, Ashley Tisdale teve um ataque de pânico. Foi a primeira aparição pública da loira desde a cirurgia plástica no nariz, realizada em novembro.

CASAL

A vida imitou a arte e o romance de Troy e Gabriella transcendeu a ficção. Zac Efron e Vanessa Hudgens assumiram o affair fora da TV. O amor dos bastidores ganhou a mídia e diferente do que a imprensa especulou, os fãs vibram com o relacionamento. O namoro dos dois não os tornou menos atraentes para o público, que não desgruda os olhos da dupla. A história de amor entre os dois virou até revista, a "Zanessa".

Nem a polêmica em torno das fotos de Vanessa conseguiu acabar com o casal. A relação dos dois chegou até ficar estremecida, mas "Zanessa”, apelido dado pela imprensa, superou as diferenças e a paz voltou a reinar entre os pombinhos, que continuam sendo sensação por onde passam.